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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O Xadrex e a Leitura

O Xadrez e a Leitura
Não sei tanto sobre técnicas de defesa e ataque no xadrez, mas tenho aprendido bastante, na prática com os meus alunos – não só de xadrez – e em vídeos e livros onde tenho pesquisado. Compramos livros novos e entre eles alguns sobre o jogo milenar. Os meninos e meninas têm levado para casa e utilizado para lhes auxiliar e com isso, desenvolvido a leitura.
Com a utilização do xadrez na biblioteca posso perceber - apesar deste apontamento não ter um cunho técnico - que muitos educandos têm sido influenciados pelo jogo para a leitura de outros temas como literatura brasileira, quadrinho, livros de futebol e a literatura jovem da moda, Harry Potter, etc.. Entendo que o fato tenha relação com o exercício mental que o xadrez proporciona, fundamental para a leitura. Um cérebro sedentário ou condicionado às imagens apenas, não cria e fantasia muito pouco. Sendo a fantasia e a criatividade fundamentais à leitura, o manuseio diário de peões, bispos, reis, cavalos e rainhas com o objetivo de superar as armadilhas adversárias pode desempenhar o papel de incentivador da leitura, com um olhar atento e bem elaborado do educador, é claro.
Além do mais, o xadrez torna-se muito agradável conforme vai se aprendendo mais e notando suas inúmeras possibilidades, cativando assim um número sempre crescente de jogadores. Com isso, a biblioteca está sempre cheia de praticantes e aberta a novos leitores, pois é sabido que um fator de peso na falta do hábito de ler é a falta de acesso aos livros.
Boa leitura e bom jogo!
David Eloin - Bi Campeão da Fundação Julita

A Educadora Carol e Matheus, o Campeão da Manhã (nível médio)


 Eloin e o Educador Jardel

 Giovane, O Campeão da Tarde (vice geral) e o Educador Joadson 

                                                              O Educador Marcelo e a Érica (vice da manhã)

 Maryanna - Vice Campeã da Tarde (nível médio) e Eu

O Educador Robson e Jonathan - Campeão Geral (nível médio) 

O Educador Robson e Pedro (vice campeão da tarde)

Feras Reunidas

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A Maior Biblioteca do Mundo

(Cristina Danuta)
Este título já foi ostentado pela biblioteca de Alexandria, que já foi considerada a maior biblioteca do mundo antigo. Devido a vários incêndios ocorridos em épocas distintas, grande parte dos livros e manuscritos raros se perdeu.
Hoje, a biblioteca do Congresso, em Washington, DC, nos Estados Unidos é considerada a maior biblioteca do mundo em espaço de armazenagem e livros. Ela possui mais de 144 milhões de itens, o que inclui material em mais de 470 idiomas, livros impressos, manuscritos, material em áudio, mapas e gravuras, dentre outros. Ela possui a maior coleção de livros raros da América do Norte além de constar em seu acervo uma das cópias restantes da Bíblia de Gutenberg.
A biblioteca do Congresso foi inaugurada em 24 de abril de 1800 pelo então presidente John Adams em razão da transferência da capital americana da Filadélfia para Washington.
A biblioteca foi incendiada duas vezes. A primeira em 1814 devido às invasões de tropas britânicas e a segunda em 1851. Neste segundo incêndio, além da enorme perda de 35 mil livros, o fogo destruiu dentre outros objetos um retrato original de Cristóvão Colombo.
A biblioteca é aberta ao público em geral para pesquisa acadêmica, mas turistas também podem visitá-la.
Curiosidade: para você que além de livros também gosta de cinema, a biblioteca do congresso aparece nos filmes “O dia depois de amanhã” e “A lenda do tesouro perdido – livro dos segredos”.


Conheça o site oficial da biblioteca do congresso aqui.

Clássicos em Quadrinhos


Publicado originalmente por Bruno Dorigatti em 17/08/2007.

Moda ou nicho crescente, que chegou para se fixar no mercado? As adaptações de clássicos da literatura brasileira para histórias em quadrinhos dão o que falar. E cativam leitores mais jovens.

Nas livrarias circulam hoje, em quadrinhos, alguns dos grandes clássicos da literatura brasileira. Movimento recente, da migração das histórias em quadrinhos das bancas para as livrarias, para alguns, representa um novo fôlego para a chamada nona arte. Outros, porém, acreditam que não passa de moda passageira. O autor ainda é mal remunerado, dada a quantidade de gente fazendo quadrinhos, e o pagamento pelos trabalhos não justifica a dor de cabeça. Fato é que excelentes álbuns vêm aparecendo, caso da adaptação de "O alienista", conto de Machado de Assis, pelos irmãos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Ba, responsáveis pelo blog 10 Pãezinhos. Lançado pela Agir, todo em tons de sépia, o álbum recria a imaginária cidade fluminense de Itaguaí, onde o Dr. Simão Bacamarte aplicou suas teorias sobre a patologia cerebral. Neste caso, a editora procurou os irmãos para adaptar uma obra de um escritor brasileiro, e a escolha do autor ficou por conta deles. "A editora só determinou o número de páginas. O resto, nós decidimos. O mais importante é pensar que o ritmo de leitura é diferente em prosa e em quadrinhos, é preciso decidir o que sai e o que fica para manter o ritmo de leitura que você quer", argumenta Fábio. E acrescenta: "O mais difícil é criar uma obra com uma cara própria, que mantenha a 'voz' do autor original, mas que tenha todas as qualidades do novo veículo. A adaptação deve ter cara de original, criando um produto completo e deixando o leitor com 'gostinho de quero mais', mais do autor original, e mais dos autores que fizeram a adaptação".

Outro projeto interessante é da editora Escala Educacional, que vem lançando clássicos na coleção Literatura Brasileira em Quadrinhos e já conta com 12 obras de Machado de Assis, Lima Barreto, Aluísio de Azevedo e Manuel Antônio de Almeida, entre outros. No caso de O cortiço, "a idéia partiu de nós mesmos, quadrinhistas – mais especificamente do Francisco S. Vilachã, desenhista com quem trabalho há muito tempo. Amadurecemos a idéia a partir da adaptação de contos de Machado de Assis, que propusemos a várias editoras, e a Escala topou", informa Ronaldo Antonelli, responsável pelo roteiro. Com a editora, discutiram apenas os traços gerais da série e da obra. A adaptação de cada texto ficou inteiramente por conta deles. "Decidir o que fica e o que sai é uma questão de balancear o emprego de imagem – o recurso específico do meio quadrinhos – com a essência do texto. O mais difícil e o mais relevante: passar a linguagem do autor nas falas (balões) e nas legendas. É preciso resumir, sim – uma imposição do espaço e da linguagem –, mas mantendo o tom e o próprio vocabulário do autor", acrescenta.

Já no caso da adaptação de Memórias de um sargento de milícias, com roteiro de Índigo e arte de Bira Dantas, a idéia partiu da Escala Educacional. "Ofereceram-me Memórias de um sargento de Milícias. Foi um susto. Tinha me esquecido completamente da existência desse livro", lembra Índigo. "O grande valor de Memórias de um sargento de milícias está no fato de ter sido o primeiro romance urbano brasileiro. Na época ele veio como algo extremamente inovador. Em pleno período romântico (1853) o livro foi considerado revolucionário pela linguagem, caracterização dos personagens, pela ousadia e crítica social. Até então a sociedade não havia sido retratada com tanta crueza e naturalidade. Mas, ao contrário de Machado de Assis, ele ficou datado. A história é rocambolesca e ao mesmo tempo inocente para os padrões atuais. Achei que seria impossível tentar reproduzir o valor do livro original."

Sobre a adaptação, ela diz que recebeu duas diretrizes. A primeira, quanto ao número de páginas. A segunda era que todo o texto teria de ser pescado do original. "Antes de me aventurar em adaptações para HQ eu já havia feito duas de Julio Verne, uma de Alice no País das Maravilhas e Viagens de Gulliver, entre outros. Nesses casos eram adaptações de faixa etária. Usei o mesmo método de trabalho. Primeiro extraio o cerne da história. Separo. Depois, pego as histórias paralelas e destrincho uma a uma, selecionando o que elas têm de mais primoroso. Acrescento esses achados à história principal. Então vou começar a trabalhar em cima desse material selecionando o que vira imagem e o que vira texto. Sendo que dentro do texto vou pescar falas para diálogos e comentários que complementam a cena. É um trabalho extremamente técnico. O maior desafio é ter sensibilidade para, no meio de tantas machadadas, não matar a obra. O importante é dar um jeito de fazer tudo e ainda preservar a voz do autor", conta. E o que é mais difícil numa adaptação dessas? "Memórias de um sargento de milícias foi escrito no formato de folhetim de jornal durante o período de um ano. Isso permitiu a construção de uma narrativa novelesca. A história não segue numa única direção. O autor faz pausas e toma todo o tempo do mundo para se aprofundar na vida de personagens secundários. Num determinado caso, há uma longa digressão sobre o filho de um personagem secundário! Minha vontade era simplesmente limar essas histórias satélites e me concentrar na trama principal. No entanto, elas sempre continham algum fato pertinente, fatos que eu não conseguia descartar. Bem que tentei, mas daí a história principal perdia o sentido. Então eu tinha de voltar e reincorporar. Foi um duelo. Uma adaptação assim é um grande exercício de lógica. É preciso discernir onde estão os alicerces da história. Muito será demolido, mas no final, a história tem de parar em pé."

O mercado reaquecido nos leva à pergunta: Por que tantas adaptações de clássicos para quadrinhos? E por que agora? "Acho que o apelo visual facilita o interesse dos jovens de hoje, e as editoras estão investindo nesse mercado para vender para as escolas", afirma Fábio. Segundo Índigo, há duas razões para isso. "Primeiro, porque chegamos num momento de substituição da geração em poder. Hoje em dia os diretores de escola são aqueles caras que, quando criança, tinham de esconder gibis da professora. Finalmente superamos aquela discussão absurda quanto ao valor do HQ. Está mais do que comprovado que é uma forma literária." Ronaldo discorda: "Não acho que sejam tantas. Pense em tudo que já foi adaptado de literatura para o teatro, o cinema e a televisão. Os quadrinhos são mais uma linguagem ou, como querem alguns, uma arte, a nona arte. Há um mundo de literatura nacional e estrangeira à espera de adaptação para quadrinhos". Sobre o mercado para HQs, ele acrescenta que hoje vê o cenário "um pouquinho melhor que no passado, mas precisando melhorar muito ainda".

Índigo vai por outro caminho. "Na década de 80 e 90, HQ ainda era gibi, comprado em banca. Hoje HQ virou livro. Eu preferia a versão gibi, da época do Piratas do Tietê e Chiclete com Banana. Era uma delícia esperar a edição seguinte, ver as cartas dos leitores, acompanhar a criação ali, com vida, erros, o autor se expondo sem nenhum pudor. Eram quase como bons blogs, se existissem blogs então. Isso sem falar no papel jornal, que é muito mais charmoso que papel couché. Os álbuns que são lançados hoje em dia não têm vida. Quem é que lê uma seqüência de tiras? Não é assim que se lê HQ. Elas só funcionam em doses homeopáticas. Isso começou a mudar quando os bons gibis desapareceram. Acho que em meados dos anos 90."

E Fábio lembra das novas editoras: "Hoje, existe uma explosão de novas editoras, uma procura das editoras (novas e velhas) por autores nacionais e uma certa consolidação dos álbuns de quadrinhos nas livrarias, o que facilita o acesso a esses livros pelo público", cenário que começou a mudar de uns dois anos pra cá.

Os prêmios também ajudam. "Eles mostram ao público que você existe. As editoras, os jornais e as agências te vêem em evidência e te chamam pra trabalhar. Você faz mais entrevista, aparece mais e mais gente fica sabendo do seu trabalho. As pessoas ficam curiosas pra saber por que fomos premiados e vão atrás dos nossos livros, do nosso site", diz Fábio. Funcionam ainda como "estímulo para os artistas e um chacoalhão de mercado e de mídia", acredita Ronaldo. E ainda ajudam a legitimar a obra de um autor. "É como um selinho de qualidade que as pessoas levam em consideração. Dependendo do selinho, você está ou não na vitrine da livraria, será ou não convidado para eventos literários. Ele também atrai a atenção de jornalistas, que passam a prestar atenção no seu livro, podendo até resenhá-lo. Fora que alguns selinhos vêm acompanhados de uma boa grana", lembra Índigo.



Perguntados sobre o que levariam para os quadrinhos, Fábio se lembra de Shakespeare e Guimarães Rosa. Ronaldo, atualmente trabalhando junto com Vilachã na adaptação de O triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, que deve sair ainda este ano, adoraria adaptar contos e novelas de Guimarães Rosa – Corpo de baile, por exemplo. E Índigo, Crime e castigo. "Porque se eu tiver de fazer outra adaptação de clássicos na minha vida, não será por dinheiro. O dinheiro que se paga por esse tipo de trabalho não justifica a dor de cabeça. Então seria por devoção ao autor, e nesse caso é Dostoiévski."

Para o diretor da editora Conrad, Rogério de Campos, em matéria do site Cultura e Mercado, "os quadrinhos vivem o melhor momento de sua história, os números de venda, no mundo todo, nunca foram tão grandes". Ele acrescenta ainda que "nunca houve tamanha variedade, o público está cada vez mais diverso". Para o diretor da editora Devir, Douglas Quinta Reis, o mercado vive um bom momento. E, apesar do volume de vendas continuar semelhante, a quantidade de lançamentos registra um aumento de 15%, as editoras publicando quadrinhos também aumentam e a variedade de títulos e gêneros significa mais espaço para o autor nacional. Ainda na mesma matéria, porém, o cartunista Paulo Stocker, comenta que a realidade hoje é bem pior: "O Brasil é um país tosco em matéria de quadrinhos, as editoras pagam pouco porque existe muita oferta".






quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Zapslam

Neste mês de janeiro participei do zapslam, que é um projeto voltado à poesia, onde os poetas têm 3 minutos para apresentarem suas obras e receberem notas dos jurados, escolhidos na própria platéia. As melhores notas, após três rodadas, sagra-se vencedora. Em dezembro os vencedores de cada mês disputam a finalíssima. Este torneio ocorre no mundo inteiro e tem uma disputa a nível mundial, com poetas de todas as nacionalidades. Além do valor literário é considerada também a performance de cada artista.
Segue o link do blog do zapslam: http://zapslam.blogspot.com/

Volta à ativa

A Biblioteca da Julita está de volta às atividades depois de alguns dias parada por férias de funcionários e reforma nos banheiros da Fundação. A boa nova é que chegaram novos títulos, com clássicos como "Cem Anos de Solidão" do escritor Gabriel Garcia Marques, "Guerra e Paz" de Tolstoi, "Divina Comédia" de Dante Alighieri, "Moby Dick" de Herman Melville, "On The Road" de Jack Kerovac, além de livros mais atuais como "Capão Pecado" e "Colecionador de Pedras" dos escritores Ferréz e Sergio Vaz, respectivamente, e "Abusado" e "Rota 66", ambos de Caco Barcelos, "Os Miseráveis" de Vitor Hugo, entre outros, e vários livros mais voltados ao público infantil e infanto juvenil, como o "Livro dos Recordes" 2012. Venha emprestar o seu. Leia mais, evolua, cresça!